Meu defeito, meu silêncio.

Não gosto de ser contrariada. Pronto. Estou sendo direta, estou com muita, muita raiva.
Talvez isso possa ser a característica de uma pessoa mimada, mas eu não sou mimada, logo apenas luto pelos meus direitos, e pelas coisas pelas quais tenho certeza de que estou dizendo.

Decepção, é o tenho sentido esses dias vindo de você. Estou muito triste em relação as coisas que você tem me dito, alias, pelas coisas que você não tem me dito. Indireta? Não não, vou ser direta, Bia.

Quando a gente mais precisa das pessoas, elas simplesmente desaparecem. Em momento algum eu pedi para vocês gostarem de mim, nunca pedi que ficassem presos a mim. Mas se for para me tratarem assim, eu dispenso.

Minha cabeça anda confusa e vazia. Sem sentido, é o mesmo que tudo que eu tivesse na minha mente, tivesse sido apagado. É como se não houvesse nada. Esse vazio está me incomodando. Nada está bom para mim. Tudo têm gosto amargo, nada é agradável.

Vontade de ficar sentada numa grama, olhando para o céu, sem pensar em nada, sem falar nada, apenas olhando os desenhos das nuvens, e ficar lá por horas, até o anoitecer, e quando chegasse a noite, ficar olhando as estrelas. Lá deitada em silêncio no mesmo lugar, sem preocupações, problemas, medos frustrações. Queria poder fazer isso sem ninguém me dizer que estou louca, ou que estou por ai aprontando.

Silêncio, é disso que eu preciso. Talvez o principio para o meu silêncio tenha que vir de mim mesma.
Irei me silenciar, e quando sentirem necessidade de me ouvir, talvez eu fale.
O necessário para "sobrevivência" falarei, mas somente isso, nada mais que isso.